quarta-feira, 14 de novembro de 2007

MANHÃ


- Bom dia. Diz-me um guarda.

Eu não ouço...apenas olho

das chaves o grande molho

parindo um riso na farda.


Vómito insuportável de ironia

Bom dia, porquê bom dia?


Olhe,senhor guarda

(no fundo a minha boca rugia)

aqui é noite,ninguém mora,

deite esse bom dia lá fora

porque lá fora é que é dia!


De LUÍS VEIGA LEITÃO,in NOITE DE PEDRA


Um comentário:

Anônimo disse...

Para mim, um poeta desconhecido - confesso.
Ah! Mas bravo!

BRAVO!