terça-feira, 5 de outubro de 2010

SONETO DE INÊS

Dos olhos corre a água do Mondego
os cabelos parecem os choupais
Inês!Inês!Raínha sem sossego
dum rei que por amor não pode mais.

Amor imenso que também é cego
amor que torna os homens imortais.
Inês!Inês!Distância a que não chego
morta tão cedo por viver demais.

Os teus gestos são verdes  os teus braços
são gaivotas poisadas no regaço
dum mar azul turquesa  intemporal.

As andorinhas seguem os teus passos
e tu morrendo com os olhos baços
Inês!Inês!Inês de Portugal.

De Ary dos Santos

2 comentários:

Carol Viégas disse...

Olá, encontrei seu blog por acaso e parabenizo. simplesmente fantástico! estou comecei a gostar de poemas este ano e estou amando!
sem sombras de dúvida, a poesia nos transforma!!

aminhapele disse...

Venha sempre,amiga.
Como anuncio,só aqui tenho alguns poemas de que mais gosto.
Como dizia Eugénio de Andrade "não sei em que regaço,amanhã,minhas palavras irão acordar".