segunda-feira, 11 de agosto de 2008
SONETO IMPERFEITO DA CAMINHADA PERFEITA
Já não há mordaças,nem ameaças,nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
em que os poetas são os próprios versos dos poemas
e onde cada poema é uma bandeira desfraldada.
Ninguém fala em parar ou regressar.
Ninguém teme as mordaças ou algemas.
- O braço que bater há-de cansar
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
Versos brandos...Ninguém mos peça agora.
Eu já não me pertenço: Sou da hora.
E não há mordaças,nem ameaças,nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
onde cada poema é uma bandeira desfraldada
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
De Sidónio Muralha (1920 - 1982)
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5 comentários:
Não conhecia mas gostei imenso!!!
Meu amigo devido a problemas de saúde não me tem sido permitido vir á net, mas prometo que em breve virei com mais frequencia :)
beijinhos
Para "Vero":
Um regresso rápido,amiga.
Um abraço.
Grande poeta, o alfacinha Sidónio Muralha.
Enorme, esta "bandeira desfraldada".
Que veemência! Que ânsia de liberdade!
De que poeta falamos, quando ele se espelha nestes versos deste poema?
Falamos de um poeta maior!
mc
É um lindo e significativo poema!
Beijocas grandes
"Parar não paro, esquecer não esqueço se o carácter custa caro pago o preço!"
Sidónio Muralha
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