domingo, 12 de outubro de 2008
ASSIM
Assim por muito mais e muito menos
Assim por heroísmo e cobardia.
Assim a tarde a noite no momento,
Assim pensar em mim quando vivias.
Assim os dedos longos nos cabelos
Dos mortos abraçados e cativos.
Assim esta miséria de estar viva
E não saber estar viva quando vivo.
Assim nas brancas árvores o tempo
Assim ter acabado o meu destino
E ler-me noutros versos,noutros nomes,
Assim desconhecer onde habito.
Assim por muito mais e muito menos
Se acaba,em vida,a vida ao suicida.
Assim por ser a hora mais cinzenta,
O desamparo assim da minha vida.
De Natércia Freire
Fotografia retirada de anomalias.weblog.com.pt
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3 comentários:
Fantástico.
Bjos
"Assim esta miséria de estar viva
E não saber estar viva quando vivo."
Salve, enorme Natércia!
mc
Um poema...Uma referência... Um momento...
Assim... sem mais nada...
Beijo
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