Uma pátria de angústia
No lento anoitecer
Coroa o dia álgido
No verão de ardentes sóis.
Vão morrer os heróis.
A voz crepuscular
Dos campos e das ondas
Agoniza comigo.
E promete e promete
Imensas alquimias
Em braços de outros Dias.
Em bocas de outro Mar
Os deuses vão voltar.
Há quanto tempo eu estou
Marcada a fogo e ferro
Na paz do meu desterro
Na morte sem enterro.
Oiço-te,Mãe,na bruma
Tangendo às nossas filhas
Um instrumento de espuma
Forrado a sumaúma...
E ele,o meu ser de gelo,
O meu senhor de frio,
Amarra-me o cabelo
Aos flancos do navio.
De Natércia Freire
Fotografia de www.photocart.com
3 comentários:
Bela poesia!
Interessante blogue!
Voltarei mais vezes…
Redigi no pulsar
Do meu ser
Uma valiosa
Carta guardada...
O sol não brilhará
Sem que passe por lá
Para a ler,
Ou a carta será
Lacrada.
O eterno abraço...
-MANZAS-
Olá Amigo!
Gostei! Vou passando... Desculpe a invasão mas... tinha de ser. Idade e gostos semelhantes... a poesia. Abraço. António
Bela imagem para belo poema...
mc
Postar um comentário