NASCER com ele,
ponte a descer,
à água e ao pó.
Vivo,imóvel.
Nascer com ele,
sede e gomo,
sabê-lo,sumo,
olhar sem nome.
Nascer com ele,
soprá-lo,pluma,
chama de ar.
Nascer com ele,
envolto e nu,
o corpo elástico
- salto e silêncio.
Renovo o sopro
de árido vento:
áspide,gume,
vácuo de amor.
De António Ramos Rosa,in "Chama de ar",para Natércia Freire
Fotografia Reuters
Um comentário:
Bravo.
Belíssimo!
Também gosto do Ramos Rosa.
Postar um comentário