Daria,
Por teus planos de cor e de agonia,
Minha suspensa,abstracta geometria,
Que me canta nas veias noite e dia.
Em troca,
Nada mais do que o deserto.
Mas deserto de luz ao longe e ao perto,
Entre sulcos de neve e céu aberto,
Entre o meu desacerto e o meu acerto...
En troca,as formas ágeis,diluídas,
Entre a memória e a história de outras vidas,
Entre a saudade e a dor adormecidas,
A correr sobre faces esbatidas...
Em troca,pouco mais do que o regresso
Às salas onde em espectro me conheço,
Aos campos e às igrejas do começo,
Às naves voadoras do silêncio.
Em troca
Do absurdo onde me quis,
Incompleta,confusa e infeliz,
E viajante amável de um país
De fantasmas e deuses navegantes.
Em troca
Do infinito que se afunda
E se perde num escuro sem penumbra,
E que ninguém,nem tu,poderás dar-me,
Toca!, campainhas de alarme,
Cristais,de luz e cor
Riscando os ares!
Esse é o Mundo!
- O perdido,impossível,morto Mundo,
Pelo qual te daria
Minha suspensa,abstracta geometria,
Que me golpeia as veias noite e dia.
De Natércia Freire
Um comentário:
Olá meu amigo,
agradeço desde já essa informação que não era do meu conhecimento, no entanto já comuniquei o facto á editora e aguardo resposta. Tal deve ter acontecido devido a algum atraso provavelmente mas agradeço ter-me dito.
Sei que houve quem já tivesse adquirido o meu livro mas não deve ter sido em coimbra...
Posso no entanto enviar-lhe um exemplar pelo correio, á cobraça ( os portes serão pagos por mim :) ), se não se importar, claro. Peço-lhe então que me envie a sua morada, não a irei publicar no blog não se preocupe :).
Beijinhos ***
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