Uma lua no céu apareceu
Cheia e branca;foi quando,emocionada
A mulher a meu lado estremeceu
E se entregou sem que eu dissesse nada.
Larguei-as pela jovem madrugada
Ambas cheias e brancas e sem véu
Perdida uma,a outra abandonada
Uma nua na terra,outra no céu.
Mas não partira delas;a mais louca
Apaixonou-me o pensamento;dei-o
Feliz - eu de amor pouco e vida pouca
Mas que tinha deixado em meu enleio
Um sorriso de carne em sua boca
Uma gota de leite no seu seio.
De Vinicius de Moraes
4 comentários:
Drumond de Andrade, de novo.
Pode mandar mais. É bem-vindo sempre... Dum punhado de brasileiros, é dos melhores (talvez logo depois do Cabral Melo Neto e do Vinicius).
Meu Deus! Que equivoco... Drumonnd nãooo, eis um Soneto de Vinicius de Moraes meu caro..
Se calhar,estou enganado.
Nas fontes de que disponho,o soneto é de Drummond.
Se for de Vinicius,tudo bem.
Como se pode ver,aqui,também é um dos meus preferidos.
Mas,de seu a seu dono.
Vou tentar tirar isto a limpo e agradeço o reparo.
Verificação feita.
É mesmo de Vinicius.
As minhas desculpas e agradeço a sua emenda.
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