terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O ALBATRÓS


Que maravilha! Voa ele ainda?

Continua a subir,e co'as asas paradas!

Que é que o levanta e aguenta?

Qual é o seu fito,o seu curso,as suas rédeas?


Voou ao máximo - agora é o próprio céu

Que ergue ao alto o que voa triunfante:

Fica parado a pairar,

Esquecendo o triunfo e o que triunfa.


Como a estrela e a eternidade,

Vive agora em alturas de que a vida foge,

Com dó mesmo da inveja:

E alto voou mesmo quem só o vê pairar!


Ó pássaro Albatrós!

Um eterno desejo me impele pra as alturas.

Pensei em ti: e então correu

Lágrima após lágrima, - sim,amo-te!


De F.Nietzsche

2 comentários:

Rosa Brava disse...

Apetece-me deixar-te estas palavras simples, mas de grande significado para mim...

Não sei se
os meus olhos
soltam as tuas palavras.

Caminho no meio delas,
acarinho-as docemente,
danço ao som da valsa
que elas me fazem ouvir...

Quero ser
menina eterna
de azul vestida,
como o mar
de asas de condor
e,
aprendendo a voar...

Leio-te, mas será que te entendo?

Será que vês o interior
da minha alma,
que reflecte o meu coração
que te lê, mas não te vê?

Palavras...
que fazem sonhar,
ou
que magoam
como pregos
espetados na
minha forma de amar...

Eis-me,
sensível
tremente
solitária
no meio
de tanta gente.

Eis-me,
de olhos abertos
vendo,
lendo,
querendo.

Eis-me num Mundo,
que não criei,
mas onde possuo
aquilo que mais amei.

Eis-me...
no teu planeta azul...


Ler Nietzsche, recordou-me uma juventude de sonhos e quereres, que é difícil de esquecer.

Um abraço carinhoso e boa semana ;))

aminhapele disse...

Se me permites,rosa brava,digo-te:
não esqueças os sonhos e os quereres da juventude.
As tuas palavras,como sempre,são bonitas e adequadas.
Um abraço.