No chumbo,no terror,na morte,com sangue escrevo vossos nomes.
Na pedra,no ácido,neste branco muro escrevo vossos nomes.
Nas trevas,no medo,na raiz da aurora escrevo vossos nomes.
No sonho,nos ventos,na flor do trigo escrevo vossos nomes.
No aço das duras tarefas,no relâmpago escrevo vossos nomes.
No amor,na cólera,na fome desta ave escrevo vossos nomes.
No sol que levamos,na verde esperança escrevo vossos nomes.
No riso,nas lágrimas,no coração da pátria escrevo
e semeio
vossos nomes.
No ventre em flor da minha amada semeio,escrevo
e multiplico
vossos nomes.
De PAPINIANO CARLOS in "Caminhemos Serenos"
Um comentário:
Os nossos nomes por todo o lado... Mas sempre esquecidos, como anónimos - pese embora a boa vontade do poeta.
mc
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