
Descruzadas as tíbias,
jogada fora a caveira,
com a moralidade a rir a bandeiras despregadas,
a canhoneiras assestadas,
com a gota paralisando as Caraíbas,
com os tesouros a contas com o fisco
- onde parava o corsário e o seu risco?
No engancho de mão,no bafejo de rum,
no beiramar passeio a pernas quatro(uma de pau),
mostrou o olho despalado: era o corisco
- vazado o esperava - de quem foi tão mau.
(Há ossos de peixe,há ossos de homem
na sopa que o turista e o corsário comem?)
Baralhou.
Cortei.
Deu.
Joguei.
Sob o trunfo de espadas,
seu passado,carta a carta,vislumbrei.
De Alexandre O'Neill