domingo, 26 de julho de 2009

O MAR


O mar. O mar novamente à minha porta.
Vi-o pela primeira vez nos olhos
de minha mãe,onda após onda,
perfeito e calmo depois,
contra as falésias,já sem bridas.
Com ele nos braços,quanta,
quanta noite dormira,
ou ficara acordado ouvindo
seu coração de vidro bater no escuro,
até a estrela do pastor
atravessar a noite talhada a pique
sobre o meu peito.
Este mar,que de tão longe me chama,
que levou na ressaca,além dos meus navios?
De Eugénio de Andrade
Fotografia de JR

Um comentário:

moitacarrasco disse...

Não sei se mais aprecie o nosso grande bardo se a minha corajosa comadre!

20 vezes. 20! Tantas foram quantas ela, recentemente, em semana e meia, subiu aqueles infernais degraus.
Para baixo, eles são só 66. Bom, mas tocada ao vento ou ajudada pelos santinhos... Q'é isso?
O pior é p'ra riba q'eles são uns 967, pelo menos...
Que coragem!