quinta-feira, 3 de setembro de 2009

FIM DE SEMANA


Estirado na areia,a olhar o azul,

ainda me treme o parvalhão do corpo,

do que houve que fazer para ganhar o nosso,

do que houve para esburgar para limpar o osso,

do que houve que descer para alcançar o céu,

já não digo esse de Vossa Reverência,

mas este onde estou,de azul e areia,

para onde,aos milhares,nos abalançamos,

como quem,às pressas,o corpo semeia.


De Alexandre O'Neill

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