A Carmen anda a bailar
pelas ruas de Sevilha.
Os seus cabelos são brancos
e brilhantes as pipilas.
Meninas,
correi as cortinas!
Em sua cabeça enrosca-se
uma serpente amarela,
e vai sonhando na dança
com os galãs de outras eras.
Meninas,
correi as cortinas!
As ruas estão desertas
e nos fundos adivinham-se
uns corações andaluzes
a buscar velhos espinhos.
Meninas,
correi as cortinas!
De García Lorca
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