sexta-feira, 2 de julho de 2010

LAMENTO DE LUÍS DE CAMÕES NA MORTE DE ANTÓNIO,SEU ESCRAVO

    ... viveu em tanta pobreza,que se não tivera
    um jau,chamado António,que da Índia trouxe,
    que de noite pedia esmola para o ajudar a
    sustentar,não pudera aturar a vida.
    Como se viu,tanto que o jau morreu,
     não durará ele muitos meses.
     Pedro de Mariz

Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um.

- eu vi a terra limpa no teu rosto,
só no teu rosto e nunca em mais nenhum.

De Eugénio de Andrade

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