Podem todos rir de mim,
Podem correr-me à pedrada,
Podem espreitar-me à janela
E ter a porta fechada.
Com palavras de ilusão
Não me convence ninguém.
Tudo o que guardo na mão
Não tem vislumbres de além.
Não sou irmã das estrelas,
Nem das pombas,nem dos astros.
Tenho uma dor consciente
De bicho que sofre as pedras
E se desloca de rastos.
De Natércia FreireGravura de Oswaldo Goeldi
2 comentários:
Meu amigo, é sempre um prazer vir a este teu cantigo e a cada vez descobrir algo novo :)
Obrigada pela partilha,
um beijo e um abraço ***
De novo Natércia e uma vez mais um momento de boa poesia.
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