"O ideal português no mundo é o ideal do Mundo",Fernando Sylvan,escritor timorense,em sua homenagem
Se do choro das crianças
Ao coração trespassado por lanças,
Ai,por mais lanças
Que uma seara de agonia
E de gritos soluçados,
Aqui chegasse a infinita
Múrmura Noite de Morte
Ressuscitando nas vidas
Que sonham de olhos fechados
Em português se ouviria
O coro dos enjeitados.
Ai,meninos,como Anjos
Sonhando de olhos fechados.
E as noites se volvem dias
E os dias se volvem noites.
E a matar se fecham curvas
Nas ramadas entrançadas
De tanta dor,sangue e sede
De tanta dor,sangue e fome.
Nas promessas de verdade
Mulheres gemem em surdina
E o seu tormento se evade
Em brancos lutos,saudade,
De luas a gotejar sangue
(E o sangue como lume
É da cor do luar).
Vem do inferno entre gumes
Em prantos se desfaz
Vem do mistério entre lumes
Que apagam Amor e paz
Vem do inferno entre gumes
E em ruínas se desfaz
É mais uma voz que implora
A paz numa luz sem véus.
Parou o mundo? Parou,
O Mundo que Deus criou?
De Natércia Freire
2 comentários:
Belíssimo, também este!
mc
esta muito bonito e lindo
Postar um comentário