terça-feira, 22 de dezembro de 2009

NATAL


Tu que dormes na calçada de relento
Numa cama de chuvas com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão,do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um Homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher 
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poder comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que não vês na montra a tua fome que eu nem sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um Homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher


De Ary dos Santos
contributo de Manuela Curado

Um comentário:

vero disse...

Olá meu amigo, há quanto tempo :)
peço desculpa pela ausência mas este meu estado de graça requer algum descanso, no entanto não me esqueço dos amigos

Desejo um Santo e Feliz Natal com muita saúde, Paz e Amor


Beijinhos