segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

IMPROVISO


"Uma rosa depois da neve.

Não sei que fazer

de uma rosa no inverno.

Se não for para arder,

ser rosa no inverno de que serve?"

EUGÉNIO DE ANDRADE


A rosa é sempre a mensagem.

O fogo é sempre a viagem

Dos abraços abrasados na miragem

Do calor de ocultos véus


Poeta!Poeta em astros

De altos lumes

De altos mastros

Lembrança de lumes castos

E de perfumadas bodas

Em teatros de saudosos

Eternos bailes de roda...


Na sonhada perfeição

Dos leitos que a noite embala

Nos seus véus

De ocultos sagrados rios

Rios de amor ocultados

Na paixão dos bem - amados


Água,Luz. Murmúrio a dois,

No olhar adormecido.

Luz de um céu imaginado

No presente,no passado

Água,voz,canção de sóis.


Poema de NATÉRCIA FREIRE

Ilustração de baixaqui.ig.com.br


2 comentários:

Anônimo disse...

Na sua brevidade, o poema de E. Andrade deixou-me igualmente confuso. Porque ele tem razão. Belo.

Ah! Mas o da Natércia encheu-me muito mais. Belíssimo. Fabuloso.

Maria Clarinda disse...

Lindo este poema....adorei!
jinhos